segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ouvindo e aprendendo




Nos dias de hoje, estamos tão ocupados e ansiosos que somos incapazes de perceber o que os outros estão dizendo, ou fazemos pior, fingimos ouvir e nem nos damos conta de que não ouvimos. Com isso, deixamos de perceber coisas importantes, como o sentimento das pessoas que nos cercam, suas angústias, seus desejos, suas dores e problemas.  Algumas pessoas me procuram para conversar, seja no trabalho ou na vida pessoal, e muitas vezes me perguntei porque era tão procurada para tal missão, e se realmente eu merecia essa confiança. Então no decorrer do tempo percebi que não sou melhor que ninguém, muito menos superior a ninguém, mesmo porque creio não existir esse tipo de distância entre as pessoas, mas que tento me calar ao ouvir o outro, e isso é fundamental para quem quer falar, ser ouvido. Essa prática vem se aperfeiçoando em mim gradativamente, ou seja, eu também já falei para outras pessoas e queria muito ser ouvida, mas nem todo mundo está apto a escutar. Então propus a mim mesma a exercer tal função. E aprendi que escutar, não é só olhar para a cara da pessoa e ouvir o que ela está falando, é saber ouvir com o coração, dedicar aquele tempo àquela pessoa que está solicitando você, nem que seja por cinco minutos, mas que serão minutos preciosos para ambas as partes. Isso, ao meu modo de ver, é exercer a humildade, e é um bom caminho para orientar nossa jornada num mundo tão conturbado e cada vez mais egoísta.
Percebi também que as dores e angústias são as mesmas de todos que me procuram, porém alguns com mais e outros com menos intensidade, e assim para as alegrias também. Ou seja, todos nós estamos em busca de uma mesma coisa, COMPREENSÃO, mas cada um, com sua personalidade e história de vida segue por caminhos variados. E é justamente nesses caminhos que nos faz tropeçar em pedras que não nos escutam, que não nos compreendem, mas que também nos levam a setas que nos direcionam para pessoas que estão preparadas para nos escutar.
Muitos dizem que sou uma romântica sonhadora da vida, que vejo sempre o lado bom das coisas, e costumo responder que, os meus sonhos, a maioria deles são tangíveis a qualquer um, só depende da  nossa boa vontade em realizá-los.

(R. Carvalho)

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