quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Trecho de Clarice XI


"Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela, não poderia mais sentir a mim mesma."  
(Clarice Lispector)

domingo, 26 de agosto de 2012

Coragem


O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria, 
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem
(João Guimarães Rosa)

Música para lavar a alma


Há Tempos

Parece cocaína
Mas é só tristeza
Talvez tua cidade
Muitos temores nascem
Do cansaço e da solidão
Descompasso, desperdício
Herdeiros são agora
Da virtude que perdemos...

Há tempos tive um sonho
Não me lembro, não me lembro...

Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso...

Os sonhos vêm e os sonhos vão
E o resto é imperfeito...

Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira...

E há tempos
Nem os santos têm ao certo
A medida da maldade
E há tempos são os jovens
Que adoecem
E há tempos
O encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
Só o acaso estende os braços
A quem procura
Abrigo e proteção...

Meu amor!
Disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem (Ela disse)
Lá em casa tem um poço
Mas a água é muito limpa...

(Legião Urbana)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Sabedoria


domingo, 19 de agosto de 2012

Amizade


Consagração a Nossa Senhora



Ó minha Senhora e também minha Mãe, 

eu me ofereço todo(a) a vós, 
e em prova da minha devoção para convosco, 
Vos consagro neste dia e para sempre, 
os meus olhos, os meus ouvidos, 
a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser.
E porque assim sou vosso(a), 
ó incomparável Mãe, 
guardai-me e defendei-me como propriedade vossa.
Lembrai-vos que vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa.
Ah, guardai-me e defendei-me como coisa própria vossa.
Amém!

Argumentos

                                                 


É o que sempre falo: as pessoas quando não têm argumentos,
 elas gritam com a gente ou fogem da gente...

R. Carvalho

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Pessoas que me inspiram


                       


Mahatma significa " A Grande Alma "

"A não violência é a maior força à disposição da Humanidade. Ela é mais poderosa que a mais poderosa das armas de destruição concebida pela ingenuidade do Homem."

Churchill costumava chamá-lo de "faquir despido". Albert Einstein era um de seus maiores admiradores, e declarou certa vez: "as gerações por vir terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra.".  Martin Luther King inspirou-se nele. 

Em 2 de Outubro de 1869, nascia Mohandas Karamchand Gandhi, em Kathiawar, estado de Porbunder, na Índia, líder pacifista da humanidade e principal personalidade da independência desse país. Mais novo dos três filhos de Karamchand Gandhi (Kaba Gandhi) e sua esposa Putlibai. Kaba Gandhi foi primeiro ministro nos estados de Porbunder, Rajkot e Vankaner.

Em 1883, com apenas treze anos, contraiu matrimônio com a Sra. Kasturbai Makanji, que também contava com treze anos a época.

Formou-se em direito em Londres e, em 1891, voltou para a Índia a fim de praticar a advocacia.

Dois anos depois, vai para a África do Sul, também colônia britânica, onde inicia o movimento pacifista, lutando pelos direitos dos hindus.

Volta à Índia em 1914 e difunde seu movimento, cujo método principal é a resistência passiva. Nega colaboração com o domínio britânico e prega a não violência como forma de luta.

Em 1922, organiza uma greve contra o aumento de impostos, na qual uma multidão queima um posto policial.

Detido, declara-se culpado e é condenado à seis anos, mas sai da prisão em 1924.

Em 1930, lidera marcha para o mar, quando milhares de pessoas andam mais de 320 quilômetros a pé, para protestar contra os impostos sobre o sal.

Visitando a Inglaterra

O domínio colonial britânico durou mais de duzentos anos. Os indianos eram considerados cidadãos de segunda classe.

Em 1930, Gandhi viaja a Londres para pedir que a Inglaterra conceda independência à Índia. Lá, visita bairros operários.

"Sei que guardarei para sempre, em meu coração, a lembrança da acolhida que recebi do povo pobre de East London", diz Gandhi.

Ao retornar à Índia, é recebido em triunfo por milhares de pessoas, ainda que nada de muito significativo tenha resultado da viagem.

Gandhi anuncia à multidão que pretende continuar em sua campanha pela desobediência civil, para obrigar a Inglaterra a dar a independência à Índia. Os britânicos, outra vez, o mandam para a prisão.

Em 1942 o governo inglês manda para Nova Delhi Sir Stafford Cripps, com a missão de negociar com Gandhi. As propostas que Sir Cripps traz são inaceitáveis para Gandhi, que deseja independência total. Gandhi retoma a campanha pela desobediência civil. Desta vez é preso e condenado a dois anos de cadeia.

Quando Lord Louis Mountbatten torna-se vice-rei, aproxima-se de Gandhi e nasce, entre Gandhi, Lord e Lady Mountbatten, uma grande amizade.

Em 1947, é proclamada a independência da Índia, mas no verão desse mesmo ano, a hostilidade entre hindus e muçulmanos atinge o auge do fanatismo. Nas ruas há milhares de cadáveres. Os muçulmanos reivindicam um Estado independente, o Paquistão. Gandhi tenta restabelecer a paz e evitar a luta entre hindus e muçulmanos, aceitando a divisão do país e dando início a uma décima-quinta greve de fome. O sacrifício pessoal de Gandhi e sua firmeza conseguem o que nem os políticos nem o exército conseguiram: a Índia conquista sua independência e é criado o Estado muçulmano do Paquistão. A divisão atrai para ele o ódio dos nacioinalistas hindus.

Gandhi morre em 30 de janeiro de 1948, assassinado por um hindu. Estava com 78 anos. Lord e Lady Mountbatten, ao lado de um milhão de indianos, comparecem ao funeral. Parte de suas cinzas são lançadas às águas sagradas do Rio Jumna.

Gandhi foi um pacifista convicto e sempre pregou uma doutrina de não-violência. Desejava que a paz reinasse entre hindus e muçulmanos; entre indianos e ingleses e entre toda a humanidade, por isso e muito mais, o "Mahatma Gandhi" permanecerá, para sempre, como símbolo da resistência pela NÃO-VIOLÊNCIA.

Mohandas Karamchand Gandhi, o conhecido "Mahatma" (A Grande Alma) estará para sempre, sem dúvida alguma, por suas palavras e atitudes, entre os homens que mais enobreceram a raça humana.

Fonte: nossosaopaulo.com.br

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Pensamento




"Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo."
(Pitágoras)

Música para lavar a alma


               

Eu Espero

Se você soubesse o quanto é intenso no meu peito
O amor que eu tenho por você e o que guardo aqui
dentro
Se você voltasse sempre, se houvesse intimidade
Certamente deixaria de implorar por outro amor
Na distância é tão difícil ser amigo de alguém
Olhe para mim, preciso lhe dizer

Que eu espero por você
E não me canso de esperar
A porta aberta eu vou deixar
Se quiser pode voltar
E eu espero por você
E não me canso de esperar
Meu coração se alegrará
Quando você se aproximar

Se você se aproximasse do meu peito transpassado
Se aos pés da cruz ficasse, saberia o que é o amor
Se o amor que me oferece é tecido de palavras
Eu lhe estendo os meus braços, mostro em gesto o que é
o amor
Na distância é tão difícil ser amigo de alguém
Olhe para mim, eu preciso lhe dizer

Que eu espero por você
E não me canso de esperar
A porta aberta eu vou deixar
Se quiser pode voltar
E eu espero por você
E não me canso de esperar
Meu coração se alegrará
Quando você se aproximar

E eu espero por você
E não me canso de esperar
A porta aberta eu vou deixar
Se quiser pode voltar

E eu espero por você
E não me canso de esperar
Meu coração se alegrará
Quando você se aproximar

Pe. Fábio de Melo 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sorriso


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Salmo 90



Salmo 90


"Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente,
dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu confio.
É ele quem te livrará do laço do caçador, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com suas plumas, sob suas asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade te será um escudo de proteção.
Tu não temerás os terrores noturnos, nem a flecha que voa à luz do dia,
nem a peste que se propaga nas trevas, nem o mal que grassa ao meio-dia.
Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita, tu não serás atingido.
Porém verás com teus próprios olhos, contemplarás o castigo dos pecadores,
porque o Senhor é teu refúgio. Escolheste, por asilo, o Altíssimo.
Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda,
porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra.
Sobre serpente e víbora andarás, calcarás aos pés o leão e o dragão.
Pois que se uniu a mim, eu o livrarei; e o protegerei, pois conhece o meu nome.
Quando me invocar, eu o atenderei; na tribulação estarei com ele. Hei de livrá-lo e o cobrirei de glória.
Será favorecido de longos dias, e mostrar-lhe-ei a minha salvação."


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Perder-se


Da janela para o mundo




R. Carvalho

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Música para lavar a alma


Meu Jardim


Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho

Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

(Vander Lee)

Pensamento


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Poesia

        


Lázaro

Lázaro , Lázaro !
Sou atento ao paraíso que te chamou pelo nome .
quando tudo era silêncio , quando nada se movia.

Porém aqui tudo que escuto é diferente.
aqui os signos tombam e nenhum Deus reverbera.

Será que é medo essas manhãs sem algarismos ?

Também corri atrás da mesma luz que você.
atrás do mesmo chamado , na superfície mais doce da fábula.

E sei do lenho entre as pedras.
dos gestos que não vingam.
mas que se repetem na nossa épica jornada.

Aqui a luz é pouca , Lázaro!
cíclica , foge ao compromisso de ser grande
e não sugere um novo pacto.

Sua tarefa é cada vez mais onerosa.
sem milagres , e sem o brilho secreto para gerar novas sementes.

Apenas esse roteiro indecifrável é a nossa eternidade.
com suas asas , e suas danações.

Aqui a luz é pouca , Lázaro !
mas sou atento aquela voz que te chamou pelo nome .


E de algumas mortes

Também sei voltar .


(Moisés Poeta)


PS: Me encantei com a sensibilidade desse poeta ao escrever em versos palavras tão belas!!! Simplesmente lindo!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Pensamento

                     
                                        

"E Deus continua sussurrando:
 Não desista, o melhor ainda está por vir."

                   

Indicação de Leitura

                               

Confesso que a leitura desse livro é uma obra para se ler com calma, com mente e espírito abertos, pois sua linguagem não é fácil num primeiro momento, mas a partir do momento que deixamos nossa alma mergulhar na estória e nos acontecimentos, é uma grande viagem pelo Brasil que não conhecemos...e por sentimentos inesperados. Li a primeira vez ha muito tempo para um trabalho de escola e odiei, li pela segunda vez para tentar gostar da leitura e tentar entender  porque falavam tanto desse livro, e não preencheu meus olhos, mas o li pela terceira vez e me encantei.


Livro: Grande Sertão Veredas
Autor: João Guimarães Rosa

O romance Grande Sertão: Veredas é considerado uma das mais significativas obras da literatura brasileira. Publicada em 1956, inicialmente chama atenção por sua dimensão – mais de 600 páginas – e pela ausência de capítulos. Guimarães Rosa fundiu nesse romance elementos do experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo e a temática regionalista da segunda fase do movimento, para criar uma obra única e inovadora. 


O foco narrativo de Grande Sertão: Veredas está em primeira pessoa. Riobaldo, na condição de rico fazendeiro, revive suas pelejas, seus medos, seus amores e suas dúvidas. A narrativa, longa e labiríntica, por causa das digressões do narrador, simula o próprio sertão físico, espaço onde se desenrola toda a história. 

A obra, na verdade, apresenta o diálogo entre Riobaldo e um interlocutor, que não se manifesta diretamente. Portanto, só é possível identificá-lo e caracterizá-lo por meio dos próprios comentários feitos por Riobaldo.

(Fonte: Guia do Estudante)