quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Tempestade

             

A Tempestade ou O Livro dos Dias, ou apenas A Tempestade, é o sétimo disco da banda brasileira de rock Legião Urbana, lançado em 20 de Setembro de 1996. É o último disco lançado pelo líder da banda, Renato Russo, ainda em vida. No Brasil foram vendidos mais de meio milhão de cópias e sendo premiado com Disco de Diamante.

Gravado entre janeiro e junho de 1.996, no estúdio carioca AR Estúdios, foi planejado para ser um disco duplo, pois foram também gravadas canções que fariam parte do póstumo Uma Outra Estação, porém, a proposta foi novamente recusada, assim como o projeto "Mitologia e Intuição" (que originou os álbuns Dois e Que País é Este). Durante as gravações, Renato Russo não quis gravar vozes definitivas para todas as músicas, fazendo-o apenas na canção "A Via Láctea". Devido a isso, as outras canções contam com a voz-guia (primeira voz gravada para a música). Grande parte dos arranjos estava pronta desde o fim de 1995.

A maioria das letras do disco (escrita em 1996, durante os sintomas da doença de Renato) é considerada melancólica e triste, como se pode ver em canções como Mil Pedaços, Quando Você Voltar e Longe do Meu Lado, além de canções mais introspectivas, como O Livro dos Dias (que também é um dos nomes do disco) e Soul Parsifal (parceria inédita de Renato Russo com a cantora Marisa Monte). Há também espaço para letras mais cotidianas e alegres, como Leila, 1º de Julho (composta para Cássia Eller, que a gravou primeiramente) e Dezesseis (que fala sobre um jovem de Brasília, amante do rock, que falece aos 16 anos ao disputar um "racha" - corrida ilegal entre carros). A principal canção do disco foi A Via Láctea, com sua letra bastante depressiva.

As primeiras edições do disco vieram com uma capa especial em formatação de livro (no mesmo formato em que foi lançado Equilíbrio Distante, segundo álbum solo de Renato Russo). Renato recusou-se a tirar fotos para o álbum, tendo sido usada uma foto tirada durante as sessões de fotos de "Equilíbrio Distante". Mais tarde, ambos os discos foram relançados na caixa tradicional, de plástico. Em "A Tempestade", não constam agradecimentos e nem as tradicionais frases "Urbana Legio Omnia Vincit" (Legião Urbana a tudo vence) e "Ouça no volume máximo". Em seu lugar, foi escolhida uma frase do escritor modernista brasileiro Oswal de Andrade: "O Brasil é uma república federativa cheia de árvores e gente dizendo adeus".

Fonte: Wikipédia

Música para lavar a alma

                

A Via Láctea


Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso

Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima

Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso!
É só hoje e isso passa...
Só me deixe aqui quieto
Isso passa.
Amanhã é outro dia
Não é?

Eu nem sei por quê me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim.

Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou.

Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim...

(Legião Urbana)


PS: Letra de música triste e ao mesmo tempo profunda e lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pensamento

                
                    
"Se eu pudesse deixar algum presente à você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável. Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída."
(Mahatma Gandhi)

Jardim da alma


                             


Cuidando do jardim da alma, o outono é a estação que mais me faz refletir sobre as coisas da vida. As emoções fluem com mais melancolia, mas mesmo assim ainda existe um pouco de cor. O vento vem mais forte, mais frio. E a alma insiste em reflexão, na cabeça e no coração, pulsando por estações mais aquecidas. Mas estamos no início dessa estação e as folhas agora que começam a cair no chão, secas, amareladas, se acumulando junto com sentimentos, aguardando um inverno mais frio ainda. Mesmo assim olho o jardim da alma com pensamentos. Já são anos e anos cuidando deste jardim, olhando horizonte afora, observando nas folhas que o vento insiste em carregar...as folhas da linda primavera, e que agora, são levadas de mim. Elas nem me importam tanto e é triste vê-las se desgarrarem dos galhos, mudarem de cor e sendo carregadas sempre para algum lugar em tardes  de outono. O que é bom de se observar, são as mudanças no jardim, tudo se vai, para ser renovado. As manhãs de agora são frias e nubladas. Nos levam com certeza a reflexão. A vontade que dá, é de ficar deitadinha, embaixo de cobertores, aquecendo o corpo e alma, esperando apenas o florir das plantas, chegando com notícias novas para enriquecer a vida. Mas isso não é possível no momento. Para que um jardim se torne realmente belo nas estações aquecidas, é preciso que troque as folhas no outono, que a alma se feche em casulo, sentindo tudo que há para sentir, deixar que o cinza e tons de marrom e verde sejam as cores nobres da estação, e que se permita um leve toque de tristeza para que verdadeiramente cresça apenas sentimentos bons. Não deixa de ser uma emoção intensa. Dói às vezes. Me sinto como a pedra  “no meio do caminho de Drumond”.  
Mas vou deixando acontecer e degustando desta estação, que só se  tornará verdadeira e linda para mim se souber encarar com outros olhos, colocando as cores que eu quero nas folhas que o vento insiste em levar.


(R. Carvalho)

Tarsila do Amaral



                               

Tarsila do Amaral foi uma pintora  e desenhista brasileira e uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.

Nasceu em 1 de setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, em Capivari, interior de São Paulo.
Casou-se com Oswald de Andrade em 1926 e, no mesmo ano, realizou sua primeira exposição individual, na Galeria Percier, em Paris. Em 1928, Tarsila pinta o Abaporu, cujo nome de origem indígena significa "homem que come carne humana".

Em julho de 1929, Tarsila expõe suas telas pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, em virtude da quebra da Bolsa de Nova York, conhecida como a Crise de 1.929, Tarsila e sua família de fazendeiros sentem no bolso os efeitos da crise do café e Tarsila perde sua fazenda. Ainda nesse mesmo ano, Oswald de Andrade separa-se de Tarsila porque ele se apaixonou e decidiu se casar com a revolucionária Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Tarsila passa a sofrer demais com a separação e por perder sua fazenda, e se entrega ainda mais a seu trabalho no mundo artístico. Em seguida casou-se ainda com Osório César e Luís Martins com quem viveu até os anos 50.

A partir da década de 40, Tarsila passa a pintar retomando estilos de fases anteriores. Expõe nas 1ª e 2ª Bienais de São Paulo e ganha uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) em 1.960. É tema de sala especial na Bienal de São Paulo de 1.963 e, no ano seguinte, apresenta-se na 32ª Bienal de Veneza.

Em 1.965, separada de Luís e vivendo sozinha, foi submetida a uma cirurgia de coluna, já que sentia muitas dores, e um erro médico a deixou paralítica, permanecendo em cadeira de rodas até seus últimos dias.
Em  1.966, Tarsila perdeu sua única filha, Dulce, que faleceu de um ataque de diabetes, para seu desespero. Nesses tempos difíceis, Tarsila declara, em entrevista, sua aproximação ao espiritismo.
A partir daí, passa a vender seus quadros, doando parte do dinheiro obtido a uma instituição administrada por Chico Xavier de quem se torna amiga. Ele a visitava, quando de passagem por  São Paulo e ambos mantiveram correspondência.

Tarsila do Amaral, a artista-símbolo do modernismo brasileiro, faleceu no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, em  17 de janeiro de  1.973 devido a depressão. Foi enterrada no Cemitério da Consolação de vestido branco, conforme seu desejo.

Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Peso que a gente leva...

                     
                 

"...E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.

É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.

Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos...

Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.

Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve."


(Pe. Fabio de Melo)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Música para lavar a alma

                    

As Coisas Tão Mais Lindas


Entre as coisas mais lindas que eu conheci
Só reconheci suas cores belas quando eu te vi
Entre as coisas bem-vindas que já recebi
Eu reconheci minhas cores nela então eu me vi


Está em cima com o céu e o luar
Hora dos dias, semanas, meses, anos, décadas
E séculos, milênios que vão passar
Água-marinha põe estrelas no mar
Praias, baías, braços, cabos, mares, golfos
E penínsulas e oceanos que não vão secar


E as coisas lindas são mais lindas
Quando você está
Onde você está
Hoje você está
Nas coisas tão mais lindas

Porque você está
Onde você está
Hoje você está
Nas coisas tão mais lindas

(Nando Reis)






Pensamento


              

Na ilha por vezes habitada

Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer. Então sabemos tudo do que foi e será. O mundo aparece explicado definitivamente e entra em nós uma grande serenidade, e dizem-se as palavras que a significam. Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos. Com doçura. Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a vontade e os limites. Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos ossos dela. Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres como a água, a pedra e a raiz. Cada um de nós é por enquanto a vida. Isso nos baste.

(José Saramago)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Indicação de Leitura



                        


Indico a leitura desse livro, pois é um dos clássicos de Mahcado de Assis, e que nos prende a atenção do início ao fim. Recomendo.


Livro: A Mão e a luva
Autor: Machado de Assis

"O enredo conta a história de Guiomar, uma jovem de 17 anos, afilhada de uma baronesa e que deseja ascender socialmente. Ela é disputada por três homens: Jorge, Estêvão e Luís Alves. Estêvão ama louca e desenfreadamente, pura e inocentemente, como no primeiro amor. Jorge, sobrinho e preferido da baronesa deseja também ascender socialmente, têm um amor "pueril e lascivo", como descreve o próprio Machado de Assis. Luís Alves começa a admirar Guiomar, apenas depois, com o passar do tempo. Porém, é um meio-termo entre os dois primeiros, pois ele é um homem resoluto e ambicioso. Jorge, com o apoio da baronesa e de sua empregada britânica, Mrs. Oswald, pede a mão de Guiomar. No dia seguinte, Luís Alves faz o mesmo. Então, a baronesa pede a Guiomar que se decida entre os dois pretendentes. Guiomar diz que escolhe Jorge, porém a baronesa sabe que a afilhada quer casar-se com Luís Alves. Depois, Guiomar e Luís Alves casam-se e o trecho final do livro justifica seu título:

"Guiomar, que estava de pé defronte dele [Luís Alves], com as mãos presas nas suas, deixou-se cair lentamente sobre os joelhos do marido, e as duas ambições trocaram o ósculo fraternal. Ajustavam-se ambas, como se aquela luva tivesse sido feita para aquela mão.""

Fonte: Wikipédia