Maria Doroteia Joaquina de Seixas e o Inconfidente Tomás Antonio Gonzaga, foram personagens reais de uma história de amor na época da Inconfidência Mineira. O romance se deu na época em Vila Rica, Minas Gerais. O poeta, já com quase quarenta anos de idade, apaixonou-se por uma adolescente de dezessete anos. A família da moça fazia oposição ao namoro, e quando tal oposição já estava quase vencida, Gonzaga foi preso e enviado a Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, acusado de participação na Inconfidência Mineira. Passou os últimos dezessete anos de sua vida, em Moçambique, onde se casou com a filha de um comerciante de escravos. Mesmo nunca tendo se casado com Maria Dorotéia, Tomás fez desse romance o primeiro mito amoroso de nossa literatura e criou uma das mais belas obras líricas, Marília de Dirceu. Para sua musa escrevia através de metáforas, e através da obra, o pastor Dirceu confessa seu amor à pastora Marília, fazendo projeção ao drama vivido por Tomás e Maria Dorotéia.
Fico imaginando, tantos anos depois, ainda existe nos tempos atuais, tantos "Dirceus" e tantas "Marílias", suspirando por um amor não realizado, idealizado apenas em delírios e palavras, isnpirados na literatura árcade.
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