segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Indicação de Leitura


                          

Na época de colégio um professor de História indicou a leitura de "O Príncipe" e não nos falou mais nada a respeito, disse que só iria se pronunciar depois que o tivéssemos lido; e eu prontamente me senti interessada, imaginando na minha ingenuidade, que seria um romance importante a ponto de ser estudado em sala de aula. Qual não foi minha decepção ao iniciar a leitura e me deparar com uma linguagem de difícil compreensão em todos os sentidos. Por mais que estivéssemos empenhados em aprender História/Política e sermos críticos a respeito, aquilo parecia ser de outro planeta. E que jovem vai se interessar por política e a maneira de governar um país, ainda mais morando em um que já não existe mais a monarquia? Mas na ânsia de tentar entender alguma coisa e mostrar que conseguiria dissertar sobre a obra fui viajando nas páginas do livro, e a cada capítulo queria morrer, não entendi nada! Mas depois com a explicação do professor a respeito do mesmo, tudo se tornou um pouco mais fácil e entendemos sua proposta de nos mostrar que uma obra escrita ha muitos anos atrás, ainda nos faz refletir sobre política e poder nos dias de hoje. Que aquilo se trava "apenas" de conselhos para um Príncipe que governa uma nação, e que atitudes um governante político deve possuir , trazendo para si  o apoio do povo, sendo justo e ao mesmo tempo rigoroso. Reli essa obra anos mais tarde mais umas duas vezes e ri muito da minha ingenuidade da primeira vez que abri o livro. Não é um livro para se ler rápido, nem para distrair a cabeça. Mas nos faz pensar sobre a política como um todo e como não é fácil governar um país, uma nação e agradar ao povo e a si ao mesmo tempo; sem contar que alguns trechos do livro nos faz refletir quanto a nós mesmos enquanto "pessoas" e enquanto "pessoas com poder". Fica a dica para uma época de eleição!

Livro: O Príncipe
Autor: Nicolau Maquiavel

"É este livro que sugere a famosa expressão os fins justificam os meios, significando que não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se como autoridade, entretanto a expressão não se encontra no texto, mas tornou-se uma interpretação tradicional do pensamento maquiavélico. 

Nesta obra, Maquiavel defende a centralização do poder político e não propriamente o absolutismo (como muitos pensam)*.  Suas considerações e recomendações aos governantes sobre a melhor maneira de administrar o governo caracterizam a obra como uma teoria do Estado moderno.

Uma leitura apressada ou enviesada de Maquiavel pode levar-nos a entendê-lo como um defensor da falta de ética na política, em que "os fins justificam os meios". Para entender sua teoria é necessário colocá-lo no contexto da Itália renascentista, em que se lutava contra os particularismos locais. Durante o século XVI, a península Itálica estava dividida em diversos pequenos Estados, entre repúblicas, reinos, ducados, além dos Estados da Igreja. As disputas de poder entre esses territórios era constante, a ponto de os governantes contratarem os serviços do condottieri (mercenários) com o intuito de obter conquistas territoriais. A obra de Maquiavel revela a consciência diante do perigo da divisão política da península em vários estados, que estariam expostos, à mercê das grandes potências européias."

Fonte: Wikipédia


"Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis."
(Nicolau Maquiavel - O Príncipe)







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