quarta-feira, 27 de agosto de 2014
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Indicação de leitura
Acabei de ler...excelente!!! Crítico, perfeito! Indico para quem gosta de um "olhar a mais" sobre nossa história de miscigenação.
Livro: Viva o Povo Brasileiro
Autor: João Ubaldo Ribeiro
"O livro conta a trajetória do Brasil de forma crítico-satírica com muitos momentos de comicidade e escracho. Com personagens negros eíndios,portugueses e holandeses cada acontecimento do romance representa um fato, situação ou modo de agir que contribuiu para a construção da identidade brasileira. A miscigenação baseada no estupro, a crueldade com os escravos e a consequente mentalidade casa-grande senzala que se enraizou nas elites brasileiras, a luta do povo negro pela sua libertação e sobrevivência, a hipocrisia, a devassidão e o jeitinho brasileiro são temas retratados de forma fidedigna na trama. O livro parte do princípio da existência de múltiplas verdades dentro de uma só verdade e por isso a frase que abre a obra é: "O segredo da Verdade é o seguinte: não existem fatos, só existem histórias.". Viva o Povo Brasileiro ao contar a versão dos oprimidos é uma alternativa a história das elites dominantes que consta nos livros e documentos oficiais. É considerado uma das mais importantes obras da literatura brasileira."
Fonte: Wikipédia
domingo, 17 de agosto de 2014
terça-feira, 12 de agosto de 2014
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Isso é um dom...

Impressionante como nos dias de hoje é mais fácil se comunicar através de uma máquina do que olhando nos olhos de uma pessoa...como é mais fácil dizer bom dia para uma rede social, cumprimentar tantas pessoas ao mesmo tempo, sem nunca ter interagido com as mesmas pessoalmente, do que para alguém que está a seu lado, ou até mesmo ligar para esse alguém e ouvir sua voz pela manhã. E o mais impressionante ainda é perceber que a maior parte das pessoas no mundo reclamam de solidão, que não conseguem conhecer alguém que o compreenda, que não consegue bater um papo numa boa com outra pessoa. Mas isso se deve à facilidade que as redes sociais proporciona aos indivíduos de conseguir colocar seus sentimentos em palavras digitadas e se esconder atrás de uma tela, do que mostrar que essas mesmas palavras podem sair ao som de sua voz.
Muitas pessoas veem conversar comigo em forma de desabafo e sempre me perguntam como consigo me expressar tanto através de uma máquina como pessoalmente...e minha resposta é enfática...ser simples na maneira de ouvir e de falar, ler também é uma forma de nos fazer entender, pois a leitura nos proporciona entender as almas, saber interpretar histórias e nos faz enxergar além do que imaginamos...e sempre que posso, tento exercitar a comunicação pessoal, quando alguém me diz: "vamos para o msn, ou me manda um torpedo?", imediatamente pergunto: "posso te ligar?"...ouvir a voz do outro é essencial para não perdermos o sentimento que temos dentro de nós, é fazer com que o outro se sinta importante e que saiba que alguém o escuta. Mas tem sempre alguém que retruca: "Mas a ligação é cara", então logo desarmo a pessoa: "Vamos nos encontrar?". O essencial de conversarmos pessoalmente uns com os outros é fazer-nos entender através de nossas expressões e tom de voz...pois nem sempre quem nos lê consegue perceber como estamos proferindo as palavras, os dizeres, as vontades...
Quando falo que me perguntam como tenho facilidade para comunicar-me, não quer dizer que sempre sou bem interpretada...muitas vezes as pessoas com quem me comunico, não conseguem entender o que desejo com minha fala. Isso é tão decepcionante! Principalmente para quem gosta de se comunicar, e que formou-se justamente em Comunicação Social, que lida com vários tipos de públicos, e ainda assim às vezes não consegue fazer-se entender. Sei que isso não é "mérito" meu...rsss...seria até uma audácia da minha parte achar que só acontece com poucos e eu estou entre eles. Na verdade, para mim, esse é o grande problema da humanidade: Fazer-se entender através de um diálogo, de uma conversa, de algumas palavras, de uma leitura, de uma ligação, de um torpedo, de um sms...enfim de uma boa comunicação.
Mas o que gostaria de deixar como mensagem é que, mal ou bem interpretados, o mais importante é comunicar-se...agora, fazer com que nos entendam...aí...eu digo que isso é um dom.
(R. Carvalho)
Argumentos
É o que sempre falo, as pessoas quando não têm argumentos...gritam com a gente ou fogem da gente. (Rô Carvalho)
domingo, 3 de agosto de 2014
Música para lavar a alma
As Dores do Silêncio
Ao meu redor
Procuro entender
O que virá
Se bem longe eu vou estar
Diante de Ti
Eu entreguei os meus caminhos
Pra Te sentir
E nunca mais chorar sozinho
Mas cansado estou
e fraco a esperar
que Tua doce voz venha o meu sono despertar
Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar
Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar
Só Você faz o mar se acalmar
E traz paz iluminando o meu olhar
Sabes ouvir as dores do silêncio
E persistir em esquecer os meus lamentos
Sei que em Você
Encontro meu alento
Estendo as minhas mãos
Entrego os meus sentimentos
Manda Teu espírito e vem me abraçar
Pra eu não chorar
Preciso de Ti aqui
Pra me consolar
Rosa de Saron
Indicação de leitura

Excelente livro...nos faz refletir sobre a correria do dia-adia e nos acalma a alma...recomendo!
Livro: A Pedagogia dos Caracóis
Autor: Rubem Alves
Sejamos educadores com as qualidades destes pequenos moluscos!
Poesia

“Quando eu te vejo e me desvio cauto
Da luz de fogo que te cerca, ó bela,
Contigo dizes, suspirando amores:
-”Meu Deus! Que gelo, que frieza aquela!”
Como te enganas! Meu amor é chama
Que se alimenta no voraz segredo,
E se te fujo é que te adoro louco…
És bela – eu moço; tens amor, eu – medo
Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes.
Das folhas secas, do chorar das fontes,
Das horas longas a correr velozes.
O véu da noite me atormenta em dores
A luz da aurora me enternece os seios,
E ao vento fresco do cair das tardes,
Eu me estremeço de cruéis receios.
É que esse vento que na várzea – ao longe,
Do colmo o fumo caprichoso ondeia,
Soprando um dia tornaria incêndio
A chama viva que teu riso ateia!
Ai! se abrasado crepitasse o cedro,
Cedendo ao raio que a tormenta envia:
Diz: – Que seria da plantinha humilde,
Que à sombra dela tão feliz crescia?
A labareda que se enrosca ao tronco
Torrara a planta qual queimara o galho
E a pobre nunca reviver pudera.
Chovesse embora paternal orvalho!
Ai! Se te visse no calor da sesta,
A mão tremente no calor das tuas,
Amarrotado o teu vestido branco,
Soltos cabelos nas espáduas nuas!
Ai! Se eu te visse, Madalena pura,
Sobre o veludo reclinada a meio,
Olhos cerrados na volúpia doce,
Os braços frouxos – palpitante o seio!
Ai! Se eu te visse em languidez sublime,
Na face as rosas virginais do pejo,
Trêmula a fala, a protestar baixinho…
Vermelha a boca, soluçando um beijo!
Diz: – Que seria da pureza de anjo,
Das vestes alvas, do candor das asas?
Tu te queimaras, a pisar descalça,
Criança louca – sobre um chão de brasas!
No fogo vivo eu me abrasara inteiro!
Ébrio e sedento na fugaz vertigem,
Vil, machucara com meu dedo impuro
As pobres flores da grinalda virgem!
Vampiro infame, eu sorveria em beijos
Toda a inocência que teu lábio encerra,
E tu serias no lascivo abraço,
Anjo enlodado nos pauis da terra.
Depois… Desperta no febril delírio,
- Olhos pisados – como um vão lamento,
Tu perguntaras: Que é da minha coroa?
Eu te diria: Desfolhou-a o vento!
Oh! Não me chames coração de gelo!
Bem vês: Traí-me no fatal segredo.
Se de ti fujo é que te adoro e muito!
És bela – eu moço; tens amor, eu – medo.”
Casimiro de Abreu
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