sábado, 30 de julho de 2011

A Pedra no Caminho



Conta-se a lenda de um rei que viveu há muitos anos num país para lá dos mares. Era muito sábio e não poupava esforços para inculcar bons hábitos nos seus súbditos. Frequentemente, fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo se destinava a ensinar o povo a ser trabalhador e prudente.
— Nada de bom pode vir a uma nação — dizia ele — cujo povo reclama e espera que outros resolvam os seus problemas. Deus concede os seus dons a quem trata dos problemas por conta própria.
Uma noite, enquanto todos dormiam, pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois, foi esconder-se atrás de uma cerca e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro, veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para a moagem.
— Onde já se viu tamanho descuido? — disse ele contrariado, enquanto desviava a sua parelha e contornava a pedra. — Por que motivo esses preguiçosos não mandam retirar a pedra da estrada?
E continuou a reclamar sobre a inutilidade dos outros, sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra.
Logo depois surgiu a cantar um jovem soldado. A longa pluma do seu quépi ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia-lhe à cintura. Ele pensava na extraordinária coragem que revelaria na guerra.
O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e estatelou-se no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou na espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam deixado uma pedra enorme na estrada. Também ele se afastou então, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.
Assim correu o dia. Todos os que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém lhe tocava.
Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro passou por lá. Era muito trabalhadora e estava cansada, pois desde cedo andara ocupada no moinho. Mas disse consigo própria: “Já está quase a escurecer e de noite, alguém pode tropeçar nesta pedra e ferir-se gravemente. Vou tirá-la do caminho.”
E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra.
Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: “Esta caixa pertence a quem retirar a pedra.”
Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro.
A filha do moleiro foi para casa com o coração cheio de alegria. Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local onde se encontrava a pedra. Revolveram com os pés o pó da estrada, na esperança de encontrarem um pedaço de ouro.
— Meus amigos — disse o rei — com frequência encontramos obstáculos e fardos no nosso caminho. Podemos, se assim preferirmos, reclamar alto e bom som enquanto nos desviamos deles, ou podemos retirá-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.
Então, o sábio rei montou no seu cavalo e, dando delicadamente as boas-noites, retirou-se.

(William J. Bennett)
O Livro das Virtudes II

Música para lavar a alma


Tudo Posso
(Celina Borges)
Posso, tudo posso naquele que me fortalece
Nada e ninguém no mundo vai me fazer desistir
Quero, tudo quero, sem medo entregar meus projetos
Deixar-me guiar nos caminhos que Deus desejou para mim e ali estar
Vou perseguir tudo aquilo que Deus já escolheu pra mim
Vou persistir, e mesmo nas marcas daquela dor
do que ficou, vou me lembrar
E realizar o sonho mais lindo que Deus sonhou
Em meu lugar estar na espera de um novo que vai chegar
Vou persistir, continuar a esperar e crer
E mesmo quando a visão se turva e o coração só chora
Mas na alma, há certeza da vitória
Eu vou sofrendo, mas seguindo enquanto tantos não entendem
Vou cantando minha história, profetizando
Que eu posso, tudo posso... Em Jesus

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O que é bom tem que ser divulgado

                           
                    


UBUNTU

A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.

Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro. As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. 
Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!" 

UBUNTU PARA VOCÊ!

(Tradução Paula Bambino) 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Poesia

                           


Mãos dadas 

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, 
a vida presente.



Carlos Drummond de Andade

Indicação de Leitura

                              

Indico a leitura deste livro que nos leva a refletir sobre a s escolhas que fazemos no decorrer de nossas vidas. E tem certas escolhas que nos leva para caminhos muito obscuros. Hoje em dia percebemos muitos jovens perdidos em escolhas que os levam para um caminho sem volta, principalmente os da droga, que leva a violência, que leva a tristeza, que leva a depressão, que leva a solidão. Mas saber ser jovem com alma saudável faz a diferença. 

Livro: Santos de Calça Jeans
Autor: Adriano Gonçalves


"Santidade não está relacionada a realizar fatos homéricos ou viver em eterna penitência. Santidade é viver a Verdade e o Amor de Cristo no nosso dia a dia, tendo a Palavra do Senhor como bússola em nosso caminhar.


Podemos ser Santos na faculdade, na academia, nas reuniões com nossos amigos ou nos sites de relacionamento na Internet.


O tempo presente urge por Santos que saibam curtir a vida e aproveitar as coisas boas que o mundo tem para nos oferecer, mas sem ser mundanos. Nesta obra, Adriano Gonçalves nos mostra que santidade está ao alcance de todos, inclusive dos jovens, que são desafiados a viver esta santidade sem perder a juventude, tornando-se a geração Santos de Calça Jeans."


(Fonte: Editora Canção Nova)

sábado, 23 de julho de 2011

Palavra de Vida


"Mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças;
ele dá-lhe asas de águia.
Correm sem se cansar,
vão para a frente sem se fatigar."

Isaías 40 - 31

Música para lavar a alma

            


O ENCONTRO DAS ÁGUAS

BÉDI FIGUEIREDO


DUAS VIDAS DOIS AMORES
VIVENDO PRA SE AMAR
SEPARADOS A DISTANCIA
PELO RIO E PELO MAR
PELO RIO E PELO MAR

ELA A BELEZA DA FLOR (AZUL)
ELE UM POEMA DE AMOR
TÃO BONITO DE SE OLHAR
QUE FAZ ATÉ OS OLHOS CHORAR
QUE FAZ ATÉ OS OLHOS CHORAR

ELE ESCREVE DESSE AMOR
ELA RESPONDE DE LÁ
NO FINAL DE CADA ESCRITA
TE AMO SEMPRE VOU TE AMAR
TE AMO SEMPRE VOU TE AMAR

ELA DIZ VOCÊ É MINHA VIDA
LINDO IGUAL LUA NO CÉU
ELE DIZ VOCÊ É MINHA LINDA
DOCE IGUAL O DOCE DO MEL
DOCE IGUAL O DOCE DO MEL

MAS O TEMPO FOI PASSANDO
TANTA TRISTEZA NO AR
ELE SE JOGOU NO RIO
ELA NAS ÁGUAS DO MAR
ELA NAS ÁGUAS DO MAR...

...ENTÃO DEUS DEIXOU CAIR
NAS AGUAS DO RIO E DO MAR
UMA LÁGRIMA DO CÉU
FAZENDO AS AGUAS SE ENCONTRAR
FAZENDO AS AGUAS SE ENCONTRAR

SE É VERDADE OU MENTIRA
NINGUEM SABE EXPLICAR
QUEM SOU EU PRA DUVIDAR
DO ENCONTRO DO RIO COM O MAR
DO ENCONTRO DO RIO COM O MAR

NAS HISTÓRIAS DE AMOR
TEMOS QUE ACREDITAR
A CADA HISTÓRIA DESSAS
AGENTE PODE SE ENCONTRAR
AGENTE PODE SE ENCONTRAR...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Poesia



Não Sei Quantas Almas Tenho


(Fernando Pessoa)

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não atem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.

domingo, 17 de julho de 2011

O que é bom tem que ser divulgado

             

                         PHN 2011 - O amor jamais acabará!!!!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Transformação do meu EU

                           

Deixar fluir a transformação dentro de nós é também um ato de humildade. Precisamos ter coragem no decorrer de nossas vidas de deixar-nos transformarmos sempre, e fazer das transformações, pegadas de nossa alma para que, não esqueçamos nunca de como podemos melhorar a cada passo.
Às vezes não nos entendemos bem, e brigamos com nosso EU, tentando descobrir e alcançar algo que nem mesmo nós sabemos o quê. Mas é aí que está nossa coragem, a de encarar que estamos em constante transformação e que é assim que aprendemos a lidar com nossos erros, nossas frustrações e nossas dúvidas. Porque de nossas transformações podemos formar algo novo, algo que vai nos direcionar para um novo EU. É preciso também ter cuidados, pois o que vem do nosso interior se reflete externamente, nada fica tão oculto, pois através de nossas ações, de nossos pensamentos e nossas atitudes  muito se revela de nós.
O deixar-se transformar dentro de nós para o mundo é uma responsabilidade, mas que se soubermos conduzir nossas constantes transformações, estaremos contribuindo não só para nossa transformação pessoal, mas servindo de experiência para os que vivem ao nosso redor. E sempre penso e gosto de frizar que, independente de qual caminho seguir, DEUS é quem nos guia na nossa intimidade, é quem nos dá coragem para transformar, e é o ÚNICO que nos impulsiona para sermos um ser humano cada vez melhor.

R. Carvalho

“Alguns pintores transformam o sol em mancha amarela. Outros, transformam a mancha amarela em sol.”  (Pablo Picasso)

sábado, 9 de julho de 2011

Pensamento



"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim, esquenta e esfria, aperta e depois afrouxa e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. O que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre e amar, no meio da alegria. E inda mais alegre no meio da tristeza. Todo caminho da gente é resvaloso, mas cair não prejudica demais, a gente levanta, a gente sobe, a gente volta". (Guimarães Rosa)

Música para lavar a alma



Gentileza 

Apagaram tudo
pintaram tudo de cinza
a palavra no muro ficou coberta de tinta
apagaram tudo
pintaram tudo de cinza
só ficou no muro tristeza e tinta fresca

nós que passamos apressados
pelas ruas da cidade
merecemos ler as letras e as palavras de gentileza

por isso eu pergunto a você no mundo
se é mais inteligente o livro ou a sabedoria

o mundo é uma escola
a vida é um circo
amor palavra que liberta
já dizia um profeta

apagaram tudo
pintaram tudo de cinza
só ficou no muro tristeza e tinta fresca
por isso eu pergunto a você no mundo
se é mais inteligente o livro ou a sabedoria

o mundo é uma escola
a vida é um circo
amor palavra que liberta
já dizia o profeta

(Marisa Monte)


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Indicação de Leitura

                          
Indico a leitura desse livro que me tocou tanto, lá no fundo de minha'lma! Independente de credo, religião ou doutrina, é um livro que nos faz pensar profundamente em nossa vida e sobre nosso comportamento perante o mundo e ao outro, que não seja somente EU. É um livro que nos ensina sobre SABEDORIA.  

Livro: A Sabedoria de Gandhi
Autor: Richard Attenborough

"Em 1962, Mortilal Kothari, um funcionário público indiano lotado em Londres, sugeriu que eu (Richard Attenborough) fizesse um filme sobre a vida do Mahatma. O que eu sabia a respeito de Gandhi e de seu papel como líder da luta do povo indiano pela independência era apenas o pouco que aprendera na escola. Então resolvi ler uma biografia e alguns de seus escritos.
Aos 23 anos, em 1893, logo depois de ter chegado à África do Sul como advogado de uma empresa exportadora indiana, Gandhi escreveu uma frase que me deixou impressionado: “Sempre foi um mistério para mim como os homens podem sentir prazer em humilhar seus semelhantes.” Ele acabara de ver indianos serem forçados a caminhar na sarjeta para que os brancos pudessem passar sem problemas pela calçada.
Suas palavras me abalaram de tal forma que, naquele momento, me comprometi a tentar fazer um filme sobre Mahatma Gandhi – um compromisso que mudaria os próximos 20 anos da minha vida. A partir de então, todas as decisões que tomei na minha carreira estiveram relacionadas ao meu caso de amor com esse projeto."

“Tudo está bem com você, mesmo quando todas as coisas ao redor parecem dar errado, se você está em paz consigo mesmo. Por outro lado, nada está bem com você, embora tudo externamente pareça estar, quando não há essa paz.” (Gandhi)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O que é bom tem que ser divulgado

          


Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro. Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade. Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Poesia



JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,

seu terno de vidro, sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, pra onde?

Carlos Drumond de Andrade

1º de julho





1º de julho


Eu vejo que aprendi 
O quanto te ensinei 
E é nos teus braços que ele vai saber 
Não há por que voltar 
Não penso em te seguir 
Não quero mais a tua insensatez 
O que fazes sem pensar aprendeste do olhar 
E das palavras que guardei pra ti 

Não penso em me vingar 
Não sou assim 
A tua insegurança era por mim 
Não basta o compromisso, 
Vale mais o coração 
Já que não me entendes, não me julgues 
Não me tentes 
O que sabes fazer agora 
Veio tudo de nossas horas 
Eu não minto, eu não sou assim 

Ninguém sabia e ninguém viu 
Que eu estava a teu lado então 
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher 
Minha mãe e minha filha, 
Minha irmã, minha menina 
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser 
Sou Deus, tua Deusa, meu amor 

Alguma coisa aconteceu 
Do ventre nasce um novo coração 

Não penso em me vingar  
Não sou assim 
A tua insegurança era por mim 
Não basta o compromisso 
Vale mais o coração 
Ninguém sabia e ninguém viu 
Que eu estava ao teu lado então 

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher 
Sou minha mãe e minha filha, 
Minha irmã, minha menina 
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser 
Sou Deus, tua deusa, meu amor 

O que fazes por sonhar 
É o mundo que virá, pra ti.. para mim... 

Vamos descobrir o mundo juntos, baby 
Quero aprender com o teu pequeno grande coração 
Meu amor, meu amor... 
Baby...



(Renato Russo)